sábado, 16 de abril de 2011

I seminário de Grupos de Pesquisa sobre Leitura e Literatura Infantil e Juvenil









Participei no dia 14 e 15 de Abril, de um encontro sobre Literatura Infantil e Juvenil, que abordava inúmeros assuntos em relação a Literatura e Formação do leitor.
Para trabalhar com literatura em todos os âmbitos , ela é destacada pela complexidade presente nela.
As crianças desde cedo se sentem reprimidas para leitura , quando deparadas com a realidade presente na própria biblioteca da instituição escolar. Mesmo que a biblioteca for ampla, os mediadores devem ser responsáveis o suficiente para auxiliar o aluno à encontrar livros , dando o prazer de visitá-la, pois muitos funcionários não atende o aluno dentro das suas perspestivas.
Principais características para causar o desinteresse do aluno em visitar um lugar de conhecimento:
* Não mexe ai!  esses livros não são adequados para sua faixa - etária!;
* Se atrasar a entrega do livro terá que pagar multas;
*O aluno pergunta sobre determinado livro, o funcionário mostra desinteresse e nem sabe falar sobre ele.


Visitar a biblioteca é um direito do discente , seja qual for a situação da escola ela deve atende-lo de forma correta, ao ler a criança e o adolescente entra em um mundo de fantasia e ludicidade , muitas vezes se espelhando nos próprios personagens.
Entrar em contato com esse mundo irreal  é um direito de todos , mas infelizmente a falta de incentivo e na elaboração de novos métodos , fazem com que as pessoas desde muito pequenas apresentem desinteresse em ler.
A criança e o jovem tem o privilégio descrito na Constituição em se relacionar com as heranças culturais presentes nos livros , eles são o melhor caminho para a aquisição da flexibilidade na fala, na escrita, e na viagem em um mundo de sonho e de fantasia para fugir de uma realidade suja e cruel.
Muitas crianças desde pequenas tem vontade de ter um livro e conviver com ele, ler e interpretá- lo inúmeras vezes.
Eu , quando era criança me encantava com as histórias dos livros , li quase todos da coleção "Literatura em minha casa ", onde estes  estavam presente em uma escola rural onde eu estudava. Não tinha acesso à outros livros , por isso tratava de ler aqueles mesmos, mas esses papéis me tornaram a pessoa que eu sou hoje .
Quando eu abria um livro sentia o cheiro de novo nas páginas tão bem conservadas, e viajava em um mundo de sonhos , de fantasia , onde eu seria o que eu quizesse só dependia de mim.
Minha família é essencialmente agrícola, meus pais e meus avós não estudaram , possuiam pouca escolaridade e acreditava que livros não servia para ser comprados , pois era "dinheiro jogado fora".
O melhor presente de aniversário que eu queria ganhar ao completar oito anos , era um livro bem grande e grosso com histórias de Contos de fadas, mas não ganhei.
A vida me ensinou a correr atrás dos meus próprios  sonhos e da minha fantasia.
Essa história presente na minha infância , faz parte da realidade de muitas crianças que querem ler , mas faltam oportunidades.
Na minha casa ninguém gosta de ler ou escrever, eu desenvolvi esse prezer por si só. Não houveram influências na minha vida.
A criança e o adolescente tem o direito de ler o que quizer , pois há leitores de todos os gostos , e o professor deve saber conviver com essa realidade.
Vivemos em um mundo extremamente tecnológico, onde  o computador é um instrumento de comunicação intenso , onde muitos jovens acabam se esquecendo dos livros , deixando -os amarelados na estante de tão velhos.
O dever do docente é encaminhar o aluno para o prazer de ler desde a infância, pois é nesse período que a criança apresenta maior ludicidade e reconta todos os livrinhos lidos pela mamãe e pela professora.
Devemos ser estimulados desde a barriga da mãe até a hora do banho , utilizando livros próprios para a interação do bebê.
O Profissional de ensino deve explorar novos horizontes , aliando o livro com outos recursos tecnológicos, onde o aluno desenvolve um gosto estético maior.
Criança deve estar a vontade na hora de interpretar o texto lido , utilizando os artfícios que quizer.
O docente deve dar o primeiro passo para a iniciação de um projeto literário, pois se ele só lamentar a situação estabelecida e não fazer nada perante a situação , a Educação continuará na mesmisse.
Ler é entrar em contato com a literatura , faz o leitor se deparar com outras realidades ou até mesmo fazer ligações do seu contexto social.
Fazer círculo de leitura é uma estratégia interessante  que deveria ser adaptada , ressalta as ideias , opiniões e conta a história lida.
Professores ou futuros, devem estar atentos e ter um  olhar crítico em relação o conteúdo presente no livro, pois ainda há muito preconceito  nas páginas.
Ler é uma viagem inesquecível , onde você foge da bruta realidade e vive uma outra repleta de magia e imaginação.


Os palestrantes que participaram do seminário e do minicurso que presenciei são extremamente profissionais , são professores que lutam por uma causa existente e acreditam na profunda mudança .


Relação de nomes:


Dra. Neuza Ceciliato e Dr. Clarice Lotterman;


Dra. Eliane Galvão .




Obras infantis recomendáveis:


Heróis e guerreiras (Heloísa Prieto)


Zoom (Istvan Banyai)


Abra cadabra , gorda ou magra . (Giselda Laporta Nicoleles)


Bruxinha Zuzu (Eva Furnari)


Que história é essa ? (Flávio de Souza)


Poemas para brincar ( José Paulo Paes)


Oh ! (Josse Goffin )


A limpeza de Tereza (Silvia Ortoff)


A feira anual de Sorotchinski (Nicolai Gogól)




História meio ao contrário (Ana Maria Machado)




Bom, concluo que quem ainda não leu as obras de Lygia Bojunga, deve ler , pois o seminário e o minicurso ressaltou várias vezes a importância da escritora .




(Carol Castro)

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